Ontem mesmo comi uma maçã.
Chegara em casa com os olhinhos minúsculos de dores, uma peça de engrenagem à garganta, outras três na cabeça. Tranquei a porta, finalizando o truque da salvação, revisitei os clássicos da Disney na TV LCD trocada por algumas peças de meu cérebro. Chorei com o fim e depois caminhei até a cozinha. Aos meus 400 anos não gostava da porra da maçã mas uma maçã era uma maçã então eu a comi. Comi, como se não houvesse outra. Mordi o seu recheio triturando os dentes. Forcei a alma a fim de uma orgasmo digestivo. Maçã... que era tudo em minha vida. Ah maçã... mas eu não pude com o seu fim. Enquanto limpava os dentes com o dedo, coloquei a mesma música porca de sempre que repetiu repetiu repetiu. E foi aí, na decaída do fim da mesma música pro ínicio dela mesma, que percebi: maçã eu te amo. Mas te engulo, é uma pena.
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8 comentários:
Acho que a linha entre amar e engolir é mesmo bem tênue.
E eu acabei de engolir vorazmente um pedaço de empadão de carne moída que a mãe fez hoje. Já estava gelado, mas tão gostoso!
Outrora foi o boizinho querido á quem eu dava cascas de banana, hoje jaz no fundo do meu estômago. rss
Te amo mas eu te engulo...
ME lembra de te bater depois por essa maravilha!!!
hehehe...
nossa, a clarice renasceu feito uma luz em alguém.
amor é para ser comido mesmo.
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