sábado, 22 de março de 2008

O Pós-folclórico

Não entendo: papai online pôs no nick "Volto logo" e explicou que ia comprar cigarros. Nunca mais voltou.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Duas coisas:

Olha, eu vou falar hein... que por incrível que pareça... as... as coisas acontecem. É... eu sei... e... se você quer mesmo saber... tem mais: acontecem a todo tempo; lá, aqui, e acaba que todo mundo faria uma coisa dessas.

segunda-feira, 10 de março de 2008

A Vida Como Ela É Rs


_Meu nome é Criôlo. Tenho todos os dentes, estudo no primeiro colegial... e tem a Mariá. Toda vez que ela abre as pernas eu tenho vontade de ser a calcinha dela, mas, claro, não conto, só dou uns tapinhas na costa dela e xingo a mãe. Ofereço doce, às vezes também. Na última aula de artes que não teve, a gente aprendeu a escrever pro Vestibular (a pfessora diz que é um absurdo, já não é como era antes e que em 1930 tudo isso daqui era mato; meu pai morto não diz nada e a minha mãe diz que "tem quê, Criolinho..."). Mas ai o tema, não o assunto, era pra fazer sobre A Foca. O meu deu 20 linhas, quem fizesse tudo saía mais cedo e eu queria jogar, escrevi que "a foca, no contexto atual de hoje em dia, tem sido muito valorizada. Nunca se falou tanto nela como tem-se falado, portanto ela é valorizada". Todos gostaram e eu mostrei pra minha mãe. Mamãe diz que provavelmente na outra vida ela era rica e poderosa, gostosa e que apesar deu ter nascido, ela me comprou as fraldas. E me ama muito. Eu também, às vezes só que fico puto, quando dizem que pareço com ela coçando o nariz e remexendo o pé numa espécie de dança, um movimento circular que estrala os ossos que a gente faz quando vai conversar, espreguiçando os dedos e arranhando as sujeirinhas do chão.
_Nesse meu último aniversário, ela me deu um ternozinho pra formatura do Zé... fiquei tosquera, pinguim garçom, tiozão, mas vá lá, tá bem, achei bem bom quando olhei no espelho e vi a minha cara de gel no cabelo. Queria mesmo envelhecer o caráter, já fumo, já bebo... fiz a barba, daí. Tirei umas fotos pra Mariá ver - coloquei uma minha pelado fechando os braços também, mas ouvi dizer que pinto de preto é feio e daí tirei - eu gostava de olhar ela mascando chicletes, gostava mesmo. Ela abria tanto a boca que via de muito pertinho as extremidades molhadinhas da gargantinha dela. E ficava tudo azul, de céu, de chicletes. A parte que eu mais gostava era quando grudava nos louros de piaçá... ela ia toda violenta arrebentando fio a fio, e aquela gosma azul no cabelo, na gengiva. Linda... linda como uma vaca, parecia uma, disse a ela, e eu já imaginava ela todinha de azul, roxa de veia, não, de artéria, não. Tudo azul, roxo, verde... lindo.
_Mas ai uma coisa que me dá medo é a minha tiavó. Me faz esquecer tudo, e eu fico com nojo. Nojo de ver ela comer metade e urinar nas calças, rs, nojo dos sapatos marrons de fivela e das gravatinhas, dos lenços, das meias finas. Da última vez que a tia veio em casa, torci mas torci forte pra ela engasgar com a espiga de milho, mas Deus me livre bati três vezes na madeira. Me dá uma coisa ruim, um arrepio na espinha de olhar pra dentro dela e ver que não tem, é meio engraçado, às vezes eu olho pra ela e ela olha de volta mas olha como se a gente não pudesse olhá pra ela... Fico triste mas logo passa, eu tenho todos os dentes, ela não.
_Mas enfim, preciso aprender primeiro, depois ser, depois sentir. Vesti o terninho da formatura de novo, fiz a barba e convidei Mariá minha prima pra irmos ao cinema, roubei uma bala e dei pra ela. Ela me deu um filhozinho lindo. Uns anos depois - ela 19 e eu 22 - a gente casou, cresceu, sabe?, aí eu vesti um ternozão grandão que a prima deu preu ir, assim, no enterro de minha tiavó. Na volta, passei na padaria e comprei um pirulito azul de chicletes dentro pra minha mãe e ela adorou, tadinha.

terça-feira, 4 de março de 2008

Um Blefe


_Austero, em sepulcro, vieste-me cinza, tomado. Eu em branco, em restos, escarros, em súbitos que me queria sendo, via os lares, via as casas, via verde de sangue a tez encanecida em poros que cortavam pão à fio de ferro, de nylon, à faca. E de repente não houvesse distinção, agarrou-se a mim num íntimo de insegurança... e era insólito, impune - imundos - aos coletes de serpentes desusados, fizemo-nos ímpares, enfiamo-nos esfera à dentro de tudo. E foi tudo. Eu quero tudo.
_Leve, em flâmula, rasgaste-me os sentidos, as aparências e tremula da voz que seguiu, aliciante, macilenta, fulgurante. Suspiro enaltecido antes da fala, lume de enxagues, arrebataram cílios de touros às tardes lascivas - que te endureceste, meu bem? Os fluídos infindos das noites não repousam nas tardes, nem nos livros, nem nos tons de sépia aos olhos crus, crus de nefastos e belos que me são em ti, às sombras e ao chão, ali, e como és bom, como és bom: insultaste-me em pedra, em asco, em tua clara e pura lei, leito discrepante que dissipastes, ateu e rijo. Vieste a mim, vestiste a minha roupa e eu emudecida, nua. Em branco, eu que era tudo. Queres tudo?

domingo, 2 de março de 2008

FILTRO: li na veja


_ Após tentativa frustrada de suicídio, acionista da bolsa de valores decide doar seu macaco-prego à instituição de caridade local.

_Coelinho da Páscoa, após acusar seu chefe Moacir, O Coelho de abuso sexual, pede demissão. "O crime não compensa", afirma.

_ Jesus, em sua última visita à América dos Estados Unidos, em verdade, vos digo, aos Estados Unidos da América, assinou termo de compromisso com a língua das Estátuas, das Torres e das Liberdades. Segundo o documento, que veio a público nessa segunda-feira, três de março, neguinho que não pronunciasse "JGyzuz" de maneira correta, ou seja, à partir do decreto, de acordo com as normas gramaticais americanas, estaria sujeito a um regime de água, luz e à lei seca dentre um período de quarenta dias.

_ O tsunami Nati: mal o pitboy cochila, ela se joga no "emo". No atual Big Brother, as mulheres mandam e os homens só dizem amém.

_Saúde sem neurônios: por que não baixar o colesterol, a pressão e a glicemia a níveis extremos pode ser bom para o coração.

sábado, 1 de março de 2008

1

eu que era tanto eu que fiz eu que fui eu que quis eu que.