_Austero, em sepulcro, vieste-me cinza, tomado. Eu em branco, em restos, escarros, em súbitos que me queria sendo, via os lares, via as casas, via verde de sangue a tez encanecida em poros que cortavam pão à fio de ferro, de nylon, à faca. E de repente não houvesse distinção, agarrou-se a mim num íntimo de insegurança... e era insólito, impune - imundos - aos coletes de serpentes desusados, fizemo-nos ímpares, enfiamo-nos esfera à dentro de tudo. E foi tudo. Eu quero tudo.
_Leve, em flâmula, rasgaste-me os sentidos, as aparências e tremula da voz que seguiu, aliciante, macilenta, fulgurante. Suspiro enaltecido antes da fala, lume de enxagues, arrebataram cílios de touros às tardes lascivas - que te endureceste, meu bem? Os fluídos infindos das noites não repousam nas tardes, nem nos livros, nem nos tons de sépia aos olhos crus, crus de nefastos e belos que me são em ti, às sombras e ao chão, ali, e como és bom, como és bom: insultaste-me em pedra, em asco, em tua clara e pura lei, leito discrepante que dissipastes, ateu e rijo. Vieste a mim, vestiste a minha roupa e eu emudecida, nua. Em branco, eu que era tudo. Queres tudo?
2 comentários:
Passei por aqui... Um abraço peludo.
meni, você é grande. ainda te acompanho.
Lucas
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